São Paulo, a cidade mais populosa do Brasil, cancelou na quinta-feira a véspera de Ano Novo, que tradicionalmente reúne dois milhões de pessoas na Avenida Paulista, por medo da disseminação do tipo Omicron do COVID-19 após a descoberta dos três primeiros casos.
• Leia também: COVID-19: Possibilidade de reinfecção com Omicron
• Leia também: COVID-19: Omicron corre o risco de se tornar a maioria na Europa nos ‘próximos meses’
“Estamos cancelando o Réveillon (31 de dezembro) a pedido das autoridades sanitárias”, disse o prefeito da cidade de 12 milhões de habitantes, Ricardo Nunes, durante visita a Nova York.
E o governador do estado, João Doria, que também está em Nova York, anunciou no Twitter que “será mantida a obrigatoriedade do uso de focinheira em espaços abertos”, com base na recomendação da comissão científica.
A decisão foi tomada depois que o país anunciou na semana passada que o uso obrigatório do focinho terminaria a partir de 11 de dezembro.
“Todos os números mostram que a epidemia está recuando em São Paulo, mas vamos optar pelo princípio da precaução”, explicou Doria.
Mais da metade das capitais brasileiras – 16 de 27 – cancelaram o Réveillon, de Recife a Brasília ou Porto Alegre. Por enquanto, o Rio de Janeiro acompanha o famoso Réveillon que reúne três milhões de foliões na imponente Praia de Copacabana.
O estado de São Paulo anunciou, nesta terça-feira, a primeira infecção pelo vírus Omicron, a primeira na América Latina. No dia seguinte, um terceiro caso foi confirmado no mesmo caso.
O Brasil, como muitos outros países, fechou suas fronteiras para voos de seis países sul-africanos, para evitar a disseminação da nova espécie que foi descoberta pela primeira vez na África do Sul.
O Brasil registrou mais de 614.000 mortes por COVID-19, tornando-o o segundo país mais pobre do mundo depois dos Estados Unidos.
Mais de 62% da população (213 milhões de pessoas) recebeu duas doses da vacina. As injeções da terceira dose começaram em novembro.