O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse na segunda-feira que Kiev está pronta para continuar suas exportações de grãos através do Mar Negro, apesar do anúncio de Moscou de um fim “de fato” do acordo sobre tais embarques.
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“Mesmo sem a Rússia, tudo precisa ser feito para que possamos usar este corredor (para exportação) no Mar Negro. Não temos medo”, observou Zelensky, segundo notas compartilhadas no Facebook por seu porta-voz, Sergoyk Nikiforov.
Em sua intervenção diária transmitida à noite, Zelensky acrescentou que enviou “cartas oficiais ao presidente turco (Recep Tayyip) Erdogan e ao secretário-geral da ONU (Antonio) Guterres propondo que continuem” com as exportações.
Ele enfatizou que “a Ucrânia, as Nações Unidas e a Turquia podem garantir conjuntamente o funcionamento do corredor alimentar e a inspeção dos navios”.
Segundo ele, aproximadamente 33 milhões de toneladas de produtos agrícolas ucranianos foram exportados para 45 países no âmbito do acordo, que foi adotado pela Ucrânia e Rússia em julho de 2022 com a mediação da Turquia e das Nações Unidas.
Moscovo anunciou, na segunda-feira, a conclusão “de facto” deste importante acordo de fornecimento global, horas depois de um ataque noturno do exército ucraniano com drones à Ponte da Crimeia, uma infraestrutura estratégica.
A Rússia critica os obstáculos às suas exportações de alimentos e fertilizantes, que foram dificultadas por sanções. Os países ricos também são acusados de aproveitar a maior parte das exportações ucranianas para ir para os países em desenvolvimento.
Pelo contrário, Volodymyr Zelensky enfatizou que “60% dos volumes” foram exportados para África e Ásia.
Segundo dados da ONU, os três principais países que se beneficiaram com as extradições ucranianas são China, Espanha e Turquia.
