SÃO PAULO – O Federal Reserve manteve as taxas de juros dos Estados Unidos próximas de zero, de acordo com anúncio feito nesta quarta-feira (16) após a reunião do Fomc.
Além disso, a autoridade monetária americana reforçou seu compromisso de comprar pelo menos US $ 120 bilhões em títulos por mês “até que um progresso substancial tenha sido feito em direção às metas máximas de emprego e estabilidade de preços do Comitê”, disse o comunicado.
“Estas aquisições de ativos ajudam a promover o bom funcionamento do mercado e condições financeiras acomodatícias, apoiando assim o fluxo de crédito às famílias e empresas”, acrescentou o Fomc na sua decisão, que foi unânime.
Por outro lado, o comitê deixou claro que não estenderá a duração dessas compras de títulos. Desde o início da pandemia, o Fed tem comprado principalmente títulos mais curtos em um esforço para manter os mercados funcionando.
Em reuniões recentes do Fomc, as autoridades discutiram os benefícios de alongar os termos dos títulos em um esforço mais focado para impulsionar a economia, assim como fizeram no rescaldo da crise financeira de 2008.
Estender durações ajuda a reduzir as taxas de longo prazo, reduzindo os custos de empréstimos e ajudando a empurrar os investidores em busca de rendimento para ativos mais arriscados, como ações.
Os membros do Fomc também levantaram suas perspectivas sobre a economia em relação ao que foi projetado na reunião de setembro. A mediana das expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 agora é de queda de 2,4%, ante queda de 3,7% prevista anteriormente. A perspectiva para 2021 aumentou de 4% para 4,2%.
O comitê também mostrou uma visão mais otimista do desemprego. Em 2020, a taxa projetada agora é de 6,7%, ante 7,6% esperados em setembro. Para 2021, a projeção mediana é de 5%, ante 5,5%, enquanto para 2022 e 2023 é de 4,2% (4,6% antes) e 3,7% (ante 4%).
As autoridades ainda esperam ser tímidas em relação à meta de inflação de 2% do Fed até 2023, embora 2020 e os próximos dois anos apontem para altas de 0,1 ponto percentual na previsão, para 1,4%, 1,8% e 1,9%, respectivamente.
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