Estocolmo, Suécia | A Suécia é a principal infecção na União Europeia, de acordo com dados divulgados pelo Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) divulgados na quinta-feira, embora o número de mortes permaneça muito baixo.
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O país nórdico, que seguiu uma estratégia menos rigorosa contra o vírus, registrou uma incidência de 577 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, de acordo com o relatório do CDC.
A Suécia ultrapassou a marca simbólica de 1 milhão de casos descobertos no início de maio e por semanas permaneceu em segundo lugar em número de novas infecções, depois de Chipre.
“Muitos países tiveram taxas mais altas do que as nossas hoje, então podemos considerar que esse fenômeno reflete apenas um aumento tardio de casos na terceira onda na Suécia”, explicou o epidemiologista Anders Tegnell durante uma entrevista coletiva.
O número total de mortos desde o início da epidemia chegou a 14.351 pessoas na quinta-feira, o que coloca a Suécia no meio do ranking na Europa, mas está claramente superando seus vizinhos do norte, como Finlândia, Noruega e Dinamarca.
As estatísticas europeias de mortalidade também mostram que a Suécia tinha uma taxa de mortalidade superior à média europeia em 2020.
A Suécia foi caracterizada na crise do coronavírus pela ausência de contenção e estratégia baseada em recomendações ao invés de medidas coercivas, com uso muito limitado de máscaras em locais públicos.
Apesar das novas medidas no final de 2020, por exemplo, o fechamento de bares e restaurantes às 20h30, o país ainda é relativamente menos rigoroso do que qualquer outro lugar da Europa em face do vírus.
Se a estratégia sueca causou polêmica, o aumento do encarceramento em outras partes da Europa também deu crédito a uma estratégia que visa ser uma “maratona” e que quer levar em conta o estado mental e de saúde da sociedade como um todo.