A Amazônia já está pegando fogo, muito antes do pico anual de incêndios em julho e agosto

A Amazônia já está pegando fogo, muito antes do pico anual de incêndios em julho e agosto

A floresta amazônica e a savana no Cerrado do Brasil estão em chamas desde maio, dois meses antes do pico anual dos incêndios.

Dados postados por Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Ele indica que em maio de 2021, a Amazônia e o Cerrado (arredores) sofreram o maior número de incêndios desde 2007. Os satélites confirmaram a presença de 1.186 focos na Amazônia, ou seja, Um aumento de 40% em relação a 2020. No Cerrado, região de savana do sul da Amazônia, o aumento anual é de até 78% com 2.649 surtos detectados. O assunto da controvérsia: a conversão de terras florestais em terras agrícolas, por meio do desmatamento e depois do uso da tecnologia de corte e queima, sob a liderança do regime de Jair Bolsonaro e do lobby agroalimentar. As florestas e savanas brasileiras são sacrificadas para produzir os produtos enviados aos nossos países: o Brasil é o principal exportador de soja, café, cana-de-açúcar, gado, etc.

Incêndios voluntários para expandir terras agrícolas

As fogueiras são em sua maioria voluntárias: é a técnica de queima da agricultura. O objetivo é fertilizar o solo queimando a vegetação ali existente. Em outras palavras, como as florestas às vezes tinham milhares de anos, os campos ou prados para o gado foram então expandidos, muitas vezes para produtos a serem exportados para nossos países europeus (principalmente soja).


►►► Leia também: Por que e como parte da Amazônia foi queimada? Principalmente incêndios voluntários


O número de tiroteios registrados em maio antes Instituto Nacional Brasileiro de Pesquisas Espaciais Não tem o suficiente para tranquilizar os ambientalistas, embora esteja muito longe do nível de desmatamento que o Brasil conseguiu conhecer no início dos anos 2000, quando o desmatamento estava a todo vapor. Em 2012, o desmatamento atingiu seu nível mais baixo, antes de aumentar gradativamente, principalmente com a chegada ao poder do presidente Jair Bolsonaro. O pico dessas queimadas ocorre geralmente durante o período de seca, nos meses de julho e agosto. Nos últimos três anos, este período de referência teve recordes consecutivos. Muitas ONGs esperam que o verão de 2021 seja parte desse aumento.

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Para o presidente de extrema direita, o desmatamento da floresta amazônica é essencial para reconstruir a economia brasileira. Além disso, desde que ele chegou ao poder, os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente se fundiram: levando ecologistas brasileiros a dizer que a proteção ambiental foi sacrificada em favor de poderosos lobbies do agronegócio. Os fundos para programas de proteção ambiental também foram cortados. E defender os povos indígenas que habitam a floresta amazônica está longe de ser uma preocupação de um líder de extrema direita.

Eliminar o desmatamento ilegal até 2030?

Em abril, durante uma cúpula virtual do clima organizada pelo presidente dos EUA Joe Biden, Jair Bolsonaro prometeu erradicar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030. Essa retórica é mais conciliatória do que o normal, mas foi recebida com ceticismo por ambientalistas, incluindo a organização paz verde. Apesar da abertura para a comunidade internacional nos últimos meses, não devemos nos enganar sobre as intenções do Bolsonaro. É muito claro: acelerar seu programa, tentar desmantelar as licenças ambientais, reduzir o tamanho das terras indígenas e recompensar a grilagem de terras.Sébastien Snoeck, especialista em agricultura sustentável do Greenpeace Bélgica, apoia isso.

Para o Greenpeace, a Europa também tem suas responsabilidades no desmatamento das florestas brasileiras. Um dos principais motivos da destruição das florestas não é outro senão o cultivo da soja, da qual a Europa – e a Bélgica com ela – é um grande importador.‘, apoia Sébastien Snoeck. Esperamos que num futuro próximo a Comissão Europeia proponha uma legislação europeia rigorosa para acabar com o consumo de produtos que desempenham um papel na destruição de florestas e ecossistemas.

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O Greenpeace também destaca que esses incêndios na Amazônia e no Cerrado não ameaçam apenas o clima e a biodiversidade. A população local também foi gravemente afetada por esses incêndios e redução das chuvas. A poluição do ar também aumenta a incidência de doenças respiratórias. E isso apesar do fato de o Brasil ainda ser gravemente afetado pela epidemia de Covid-19.

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