Brasil | Fortes chuvas matam pelo menos 12 pessoas no Rio

Brasil |  Fortes chuvas matam pelo menos 12 pessoas no Rio





(Rio de Janeiro) Bairros do estado brasileiro do Rio de Janeiro ainda estão inundados nesta segunda-feira, mais de um dia depois de chuvas torrenciais que mataram pelo menos 12 pessoas.



As fortes chuvas causaram estragos no fim de semana, inundando casas, um hospital, a linha do metrô da cidade do Rio de Janeiro e um trecho da principal rodovia, a Avenida Brasil.

Algumas pessoas se afogaram e morreram em deslizamentos de terra, enquanto pelo menos três morreram após serem eletrocutadas. Oito cidades do estado continuam sob risco “muito alto” de deslizamentos de terra e outras dez sob risco “alto”, segundo autoridades da defesa civil.

“Nos sentimos como animais. Não é normal viver assim”, disse Heloisa Regina, 55 anos, enquanto inspecionava seu bar e casa inundados em Duque de Caxias, cidade ao norte do Rio onde mais de 100 milímetros de chuva caíram em 24 horas.

Mmeu Regina passou a noite tentando dormir em uma mesa de sinuca, imaginando como iria pagar para consertar os danos no bar que ela possui há 30 anos. “Perdemos tudo”, disse ela.

Mais de 200 incidentes

Moradores atravessaram água até a cintura na segunda-feira para navegar pelas ruas de Duque de Caxias. Outros subiram nos telhados e pediram ajuda enquanto helicópteros sobrevoavam, segundo imagens de vídeo do canal de televisão brasileiro Globo.

Os bombeiros procuravam nesta segunda-feira uma mulher que desapareceu depois que seu carro caiu no rio Botas, no bairro de Belford Roxo, zona norte do Rio.

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Cerca de 2.400 bombeiros cariocas foram mobilizados neste fim de semana e usaram ambulâncias, barcos, drones e aviões para resgatar moradores e monitorar áreas afetadas.

As autoridades responderam a mais de 200 inundações em todo o estado, de acordo com um comunicado da defesa civil do Rio. Mas alguns acusam as autoridades de negligência.

“Estamos completamente abandonados”, acusa Eliana Vieira Krauss, moradora de Duque de Caxias. A auxiliar de enfermagem disse que ela mesma transportou o sogro deficiente, de 80 anos, para a casa da cunhada. “A água chegou quase até a cama dele. Se ele tivesse se virado e caído, teria se afogado”, disse ela.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, declarou estado de emergência e pediu às pessoas que não forçassem a passagem pelas áreas inundadas e evitassem interromper os esforços de resgate e recuperação.

Inundações no subsolo do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla provocaram cortes de energia que foram resolvidos no domingo, mas todas as consultas hospitalares foram adiadas em 15 dias, disse o secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, na rede social

O Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil alertou quinta-feira sobre o risco de fortes chuvas no Rio, São Paulo e Minas Gerais devido a uma combinação de calor, umidade e áreas de baixa pressão na atmosfera.

Em fevereiro de 2023, fortes chuvas causaram enchentes e deslizamentos de terra que mataram pelo menos 48 pessoas no estado de São Paulo. Em Setembro, as inundações causadas por um ciclone no sul do Brasil mataram pelo menos 31 pessoas e deixaram 2.300 desabrigadas.

Ao mesmo tempo, a floresta amazônica brasileira enfrenta uma seca severa. Os cientistas dizem que condições meteorológicas extremas estão ocorrendo com mais frequência devido às mudanças climáticas causadas pelo homem, e 2023 foi o ano mais quente já registrado.

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