Brasil: quatro casos de raiva humana transmitida por…

Brasil: quatro casos de raiva humana transmitida por…

A raiva humana transmitida por morcegos continua sendo um grande problema de saúde pública no Brasil, e não apenas na região amazônica. Publicação recente descreve quatro casos de raiva em crianças indígenas Maxakali na vila de Pradinho, município de Bertópolis, Minas Gerais, Brasil. Os casos foram notificados entre abril e maio de 2022, em crianças entre 4 e 12 anos que morreram em média oito dias após o aparecimento dos primeiros sintomas. Os Maxakali estão acostumados a conviver com cães e gatos domésticos e a domesticar animais selvagens como macacos e morcegos.

  • O primeiro caso (12 anos) foi sintomático durante o manejo inicial. Ele havia sido mordido por um morcego há 10 dias e não havia recebido profilaxia pós-exposição (PEP) antirrábica. Ele faleceu após 5 dias e recebeu imunoglobulinas antirrábicas durante sua internação.
  • O segundo caso (12 anos), sintomático no manejo inicial, apresentava vestígio de mordida de morcego no cotovelo. Ele não havia se beneficiado do PEP. Faleceu após 24 dias e recebeu durante sua internação a administração de 3 doses de vacina antirrábica e imunoglobulinas.
  • O terceiro caso (5 anos) sem história de mordida foi relacionado ao primeiro. Ele estava assintomático e recebeu dose única da vacina antirrábica. Nove dias depois apresentou os primeiros sinais clínicos e faleceu três dias depois.
  • O quarto caso (4 anos) sem histórico de mordida ou arranhão foi relacionado ao segundo. Assintomático, recebeu duas doses da vacina antirrábica no D0 e no D10. Um mês depois ele desenvolveu os primeiros sintomas e faleceu 48 horas depois.

Com a confirmação dos casos e o intenso contato desta população com morcegos, foi implementado um programa de profilaxia pré-exposição com 2 doses de vacina antirrábica (D0 e D7) para toda a população de Maxakali. Além disso, foi administrada imunoglobulina anti-rábica a todos os contatos de casos confirmados.

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Fonte: Volume Doenças Infecciosas da Pobreza


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