Novo recorde de 3.251 óbitos por COVID-19 em 24 horas no Brasil

(Rio de Janeiro) O Brasil está mergulhando em uma crise de saúde incontrolável, pois cruzou o limiar de 3.000 mortes diárias de COVID-19 na terça-feira pela primeira vez.




France Media

O país, que tem uma população de 212 milhões, registrou 3.251 mortes nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde, elevando o total de mortes para 298.676 desde o primeiro caso apareceu no final de fevereiro de 2020.

O número médio de mortes nos últimos sete dias mais do que triplicou desde o início do ano, para 2.364, tornando-se o número mais alto do mundo.

O Brasil é o segundo país mais desolado do planeta com a pandemia do coronavírus em números absolutos, depois dos Estados Unidos.

No total, o país registrou 12,1 milhões de casos, incluindo 82.493 novas infecções nas últimas 24 horas.

O presidente de extrema direita Jair Bolsonaro confirmou à noite que o país “logo retomaria uma vida normal” graças à vacinação que há muito criticou.

“Quero tranquilizar o povo brasileiro e informar que as vacinas estão garantidas. Até o final do ano, teremos chegado a mais de 500 milhões de doses da vacina para (vacinar) toda a população”, disse o chefe de estado.

Até o momento, 11,1 milhões de brasileiros, ou 5,2% da população, receberam pelo menos uma dose da vacina e 3,5 milhões duas doses, segundo apuração da AFP baseada em números oficiais.

Outra mudança de tom, Jair Bolsonaro, que quer se candidatar à reeleição em 2022, expressou solidariedade “com todos aqueles que perderam entes queridos”.

O discurso foi saudado por shows de protesto nas principais cidades do país, como Rio, São Paulo e Brasília, segundo jornalistas da Agence France-Presse.

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Ansiedade na América do Sul

A ferocidade da segunda onda da epidemia pressionou o sistema de saúde: a taxa de ocupação em unidades de terapia intensiva ultrapassou 80% na maioria dos 27 estados brasileiros e as reservas de oxigênio de pacientes com grave vírus Covid-19 atingiram ” ansiedade.” Os níveis estão em seis estados.

O governo de São Paulo, o estado mais populoso do Brasil com uma população de 46 milhões, anunciou na terça-feira que havia registrado mais de 1.000 mortes por COVID-19 pela primeira vez em 24 horas.

Segundo registro da TV Globo, mais de 130 pessoas morreram por não ter acesso a um leito de terapia intensiva a tempo no estado.

A situação no Brasil preocupa a América do Sul.

A propagação do vírus “continua aumentando perigosamente em todo o Brasil” e essa “situação terrível também afeta os países vizinhos”, disse Carissa Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em Washington nesta terça-feira. Depende da Organização Mundial de Saúde.

Meu Etienne destacou especialmente o rápido aumento do número de casos de coronavírus em várias regiões da Venezuela, Bolívia e Peru, na fronteira com o Brasil, bem como no Uruguai e Paraguai, que também são vizinhos do gigante sul-americano.

Segundo especialistas, a explosão da poluição no Brasil se deve principalmente a uma nova variante do Coronavírus descoberta na região amazônica, que é suspeita de ser mais contagiosa.

Enquanto isso, as disputas políticas persistem com governadores e prefeitos sobre o que fazer em face da pandemia, e o presidente brasileiro se opõe sistematicamente ao toque de recolher ou à contenção em nível nacional, devido às consequências econômicas.

O novo ministro da Saúde, Marcelo Quiroga, tomou posse oficialmente na terça-feira, mais de uma semana após sua nomeação. Ele é o quarto ministro da Saúde no governo Bolsonaro desde o início da epidemia.

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