Segunda redução consecutiva da taxa diretora 12,75%

O banco central do Brasil reduziu sua taxa básica de juros para 12,75% na quarta-feira, a segunda queda consecutiva de 0,5 pontos, em linha com as expectativas dos analistas, dando continuidade ao movimento de redução solicitado pelo presidente Lula.

No mês passado, esta taxa diminuiu pela primeira vez em três anos graças a uma descida da inflação de 13,75% para 13,25%.

A decisão foi tomada por unanimidade após a reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) do banco central, que começou na terça-feira.

Coboom indicou em comunicado à imprensa que poderá fazer outros cortes da mesma dimensão durante as próximas reuniões marcadas para 31 de outubro e 1 de novembro, depois 12 e 13 de dezembro. Portanto, a alíquota global poderia terminar em 11,75%.

O governo do presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva apelou a este novo ciclo de declínio há meses, e a inflação parece estar sob controlo na maior economia da América Latina.

Esta taxa manteve-se nos 13,75%, a mais elevada desde 2017, durante um ano, apesar da forte descida da inflação.

Em março de 2021, a taxa Selec atingiu o mínimo histórico de 2%, com o objetivo de estimular o consumo durante a pandemia de Covid-19.

Em seguida, foi aumentado 12 vezes consecutivas na tentativa de conter a aceleração da inflação.

Desde que regressou ao poder em Janeiro, Lula tem criticado fortemente este nível-chave de preços, que descreveu como abusivo e irracional.

Segundo ele, a alta Selec atrapalha o crescimento, ao reduzir o acesso ao crédito necessário ao consumo e aos investimentos.

O ministro da Economia, Fernando Haddad, confirmou, neste domingo, pelo alto-falante da TV Bandeirantes, que há espaço para reduzir ainda mais, mas com a cautela necessária, porque não devemos brincar com a inflação.

A taxa de inflação anual acelerou nos últimos dois meses, passando de 3,16% em Junho para 3,99% em Julho, e depois para 4,61% em Agosto.

Mas o aumento mensal dos preços acabou por ser ligeiramente menos significativo do que os analistas esperavam no mês passado (+0,23%, em comparação com os +0,29% esperados pelos especialistas).

O governo Lula registou uma série de bons resultados económicos nas últimas semanas, incluindo um crescimento superior ao esperado no segundo trimestre (+0,9%) e uma taxa de desemprego de 7,9% no período de maio a julho, o nível mais baixo desde 2014.

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