Um tribunal brasileiro anula a decisão de um juiz de suspender as minas de potássio na Amazônia – hoje

Um tribunal brasileiro anula a decisão de um juiz de suspender as minas de potássio na Amazônia - hoje

Um tribunal federal de apelações anulou uma liminar que suspendia a aprovação da empresa canadense Brazil Potash Corp. para construir a maior mina de fertilizantes da América Latina na floresta amazônica.

O Primeiro Tribunal Regional Federal decidiu na terça-feira que o IPAAM, órgão ambiental do estado do Amazonas, está autorizado a emitir a licença porque não existe território indígena oficialmente reconhecido na área onde a mina de US$ 2,5 bilhões deve ser explorada.

No mês passado, em Manaus, a juíza federal Gésa Frakes reiterou sua decisão de 2016 de suspender o projeto até que os Mura, um povo indígena local, pudessem ser consultados. Também determinou que a licença deve ser emitida pelo órgão ambiental federal IBAMA e não pelo órgão estadual IPAAM.

O tribunal de apelações concluiu que não havia provas de que a área onde a mina estava prevista ser localizada em terras indígenas, segundo decisão vista pela Reuters.

“Se a área da jazida mineral em questão fosse abrangida por terras indígenas demarcadas, não haveria dúvidas quanto ao poder licenciador federal; ou mesmo se se tratavam de terras indígenas em parte do processo de demarcação. “, disse a comissão.

Na quarta-feira, Botas Brasil não quis comentar a decisão, que se baseia em recurso do órgão governamental de meio ambiente, IPAAM.

A mina proposta em Otazis, 120 quilómetros a sudeste de Manaus, capital do estado do Amazonas, reduziria a actual dependência do Brasil das importações em 95% do seu consumo de fertilizantes à base de potássio. A mina deverá produzir até 2,4 milhões de toneladas por ano, cerca de um quarto da demanda brasileira, e levará três anos para ser desenvolvida.

Representantes da comunidade local de Mora, localizada perto de Soares, afirmam que a mina está a invadir as suas terras ancestrais e exigem que seja reconhecida como área de reserva protegida. Mas o processo de demarcação apenas começou através de estudos realizados pela Funai, agência de assuntos indígenas, de modo que a reivindicação ainda não foi feita oficialmente.

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A Brazilian Potash é detida em 34% pela CD Capital, 23% pela Sentient e 14% pelo Forbes & Manhattan Group de Stan Bharti, um banco de investimento com sede em Toronto que lançou o projeto, bem como por outros acionistas.

No mês passado, Botas Brasil elogiou o apoio dos executivos de Moura, dos políticos locais e do governador Wilson Lima, que apoiaram a mina para trazer investimentos e empregos para o estado do Amazonas.

Mas os procuradores federais em Manaus disseram que o apoio à mina não era unânime e apresentaram uma carta da aldeia de Mora afirmando que os líderes comunitários foram induzidos a assinar a ata de uma reunião que a empresa interpretou como aprovação da mina.

Alguns residentes de Mora temem que a mina polua os rios e acabe com a pesca e os peixes de que dependem. A Brazil Potash afirma que o impacto ambiental será mínimo porque o sal separado do potássio na planta de processamento será devolvido ao subsolo. (Reportagem de Anthony Poudel, edição de Marguerita Choi)

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