AFP
Durante o seu mandato (2019-2022), o líder da extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, continuou a criticar as vacinas anti-Covid.
INTERNACIONAL – Uma inspeção do histórico de saúde de Bolsonaro. Uma investigação revela que o ex-presidente brasileiro obteve um “falso” certificado de vacinação contra a Covid-19. Uma investigação da Controladoria-Geral do Brasil aponta inconsistências entre documentos do Ministério da Saúde brasileiro e o histórico de vacinação de Jair Bolsonaro.
Este caderno indica que o ex-chefe de estado recebeu uma dose da vacina Covid em São Paulo em julho de 2022. O relatório do controlador afirma que “em relação à vacinação realizada em São Paulo – único documento que consta da carteira de vacinação do ex-presidente – (…) a conclusão é que se trata de fraude ao sistema de registro de vacinas contra a Covid-19”. A investigação conclui assim que o certificado de vacinação contra a Covid de que Jair Bolsonaro beneficiou é “ falso “.
Além disso, foram coletadas informações sobre o lote da vacina COVID-19 que teria sido administrada ao ex-presidente, segundo mídia local. Os dados indicam que esse lote não estava disponível na suposta data de vacinação na UBS São Paulo.
O caso pode ser arquivado
Este certificado falsificado permitiu nomeadamente ao ex-presidente contornar as restrições sanitárias impostas pelos Estados Unidos. Conseguiu assim ir para a Florida com familiares e assessores, dois dias antes do final do seu mandato, em dezembro de 2022, e onde permaneceu durante três meses, nota. ABC Internacional.
Em abril de 2023, quando sua casa foi revistada no âmbito desta investigação sobre a falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19, Bolsonaro simplesmente declarou: “Eu não falsifiquei nada. Não fui vacinado, só isso.” Ele adicionou: “ Todos os cidadãos são iguais, mas daí para a realização de uma busca a um ex-presidente apenas para criar um facto (media)… “.
Durante o seu mandato (2019-2022), o líder da extrema-direita continuou a criticar as vacinas anti-Covid, garantindo que não pretendia ser imunizado contra a pandemia que já provocou mais de 700 mil mortos no Brasil.
Após sua investigação, a Controladoria-Geral do Brasil recomenda encerrar o caso sem maiores providências, “ por falta de informação suficiente” para encontrar os responsáveis. Disse ter notado que muitos funcionários podiam inserir dados falsos, tendo acesso ao sistema informático de vacinação.
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