Brasil: crescimento lento no 2º trimestre

Brasil: crescimento lento no 2º trimestre

Rio de Janeiro (awp/afp) – O Brasil registrou crescimento de 0,9% no segundo trimestre, resultado acima das expectativas, apesar de uma forte desaceleração em relação ao primeiro trimestre, segundo dados oficiais publicados nesta sexta-feira.

A maioria dos analistas consultados pelo diário económico Valor esperava um crescimento de apenas 0,3% e os dados do Instituto de Estatística do IBGE são encorajadores para o governo do presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, que entretanto regressou ao poder. Janeiro.

O produto interno bruto (PIB) da maior economia da América Latina cresceu 3,4% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período de 2022.

No primeiro trimestre, o crescimento situou-se em 1,8% (valor revisto em baixa na sexta-feira, face aos 1,9% anunciados em junho).

Foi impulsionado pelos resultados excepcionais do sector agrícola, que viu a sua actividade diminuir no segundo trimestre (-0,9%).

Pelo contrário, a actividade industrial aumentou significativamente (+0,9%), tal como os serviços (+0,6%).

Este crescimento superior ao esperado “foi fortemente influenciado pelo aumento do consumo das famílias (+0,9%), graças à inflação controlada e às medidas tomadas pelo governo para aumentar a procura”, estima o economista brasileiro André Perfeito.

A primeira metade do terceiro mandato de Lula foi marcada por um crescimento de 3,7% do PIB em relação aos primeiros seis meses do ano passado.

“O crescimento muito maior no segundo trimestre sugere que a economia brasileira está com uma saúde muito melhor do que muitos (analistas) pensavam, inclusive nós”, comentou William Jackson em nota da Capital Economics.

Mesmo que preveja “um crescimento menos significativo no segundo semestre”, este especialista sublinha a “resiliência” da economia brasileira.

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Assim, ele revisou para cima sua previsão de crescimento para o Brasil em 2023, de 2,3% para 3,5%.

Quinta-feira, o IBGE já havia trazido outra boa notícia para o governo Lula: a queda da taxa de desemprego para 7,9% de maio a julho, a menor para este período do ano em nove anos.

O rendimento médio dos trabalhadores brasileiros subiu para 2.935 reais no período maio-julho (cerca de 550 euros), um aumento de 5,1% num ano, enquanto a inflação subiu para 3,99% nos últimos 12 meses.

Há três semanas, Lula relançou um vasto programa de grandes obras, o “Novo Pacto de Aceleração do Crescimento (PAC)”, com 1.700 mil milhões de reais de investimento público e privado (cerca de 317 mil milhões de euros) previstos.

Durante os seus dois primeiros mandatos (2003-2010), o antigo torneiro-moleiro beneficiou de uma situação económica particularmente favorável, com o boom das matérias-primas.

afp/al

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