Brasil experimenta o maior aumento nas taxas de juros desde 2002

Brasil experimenta o maior aumento nas taxas de juros desde 2002

O banco central do Brasil aumentou na quarta-feira sua taxa básica de juros para 7,75%, alta de 1,5 ponto, a maior desde 2002, em uma tentativa de conter a inflação galopante. Este é o sexto aumento consecutivo dessa taxa, que atingiu o mínimo histórico de 2% no início do ano.

A decisão foi tomada por unanimidade pelo Comitê Monetário do Banco Central (COBOM), que anunciou em comunicado que poderia iniciar outro aumento “do mesmo porte” em sua próxima reunião, no início de dezembro.

Se essa tendência se confirmar, a principal cotação do ano terminará em 9,25%, enquanto os analistas esperavam 3% no início do ano. Nas duas últimas reuniões, o Copom elevou a cotação em um ponto percentual.

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Principal ferramenta no combate à inflação, o índice da sílica já havia retornado ao nível do final de 2017, quando estava em 7,5%.

Decisão impulsionada pela inflação

O aumento de 1,5 ponto na quarta-feira é uma medida particularmente drástica, inédita desde dezembro de 2002, quando a taxa básica de juros foi elevada em 3%, antes que o presidente esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva assumisse o poder.

O que se justifica pela forte alta da inflação, que atingiu 10,25% em setembro nos últimos 12 meses na maior economia da América Latina e arrasa a renda das famílias, principalmente das mais pobres.

É a primeira vez desde 2016 que o Brasil volta à inflação de dois dígitos, principalmente devido ao forte aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis.

Desejo de aumentar as mesadas para os pobres

Segundo especialistas, esse novo aumento da taxa principal também se deve à decisão do presidente brasileiro Jair Bolsonaro de aumentar em 20% as verbas destinadas aos mais pobres. Esta proposta altamente controversa não foi submetida ao Parlamento para aprovação. Segundo especialistas, será praticamente impossível chegar a esse valor sem ultrapassar o teto de gastos orçado.

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E a popularidade do presidente de extrema direita, que pretende ser reeleito no próximo ano, está em seu nível mais baixo desde que assumiu o cargo em 2019, em um país com mais de 13,7 milhões de desempregados.

Na manhã desta quarta-feira, o Instituto de Estatísticas do IBGE divulgou os últimos dados de emprego, com a taxa de desemprego caindo pela quarta vez consecutiva, para 13,2%, mas com grande proporção de trabalho informal e salários mais baixos para ativistas.

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